O Capitão Futuro liberou Quorn da inconsciência. Virou-se para o androide que estava tenso ao seu lado e deu algumas ordens.
-- Otho, você e Grag construam um projetor de raios amortecedores cem vezes mais forte que o que temos aqui na Cometa. Não deve ser difícil. Ezra, chame a Polícia com uma força tarefa suficiente para dar uma batida no Planeta dos Prazeres. Diga-lhes para prenderem Bubas Uum e os cúmplices de Quorn.
-- Mas Capitão, não podemos entrar lá, o planeta não responde à legislação Solar.
-- Irá responder quando a Polícia chegar lá, Curt explicou. Muito bem, nosso amigo volta à consciência.
De fato, e caindo em si da situação, Quorn envergou uma expressão de ódio mas, para surpresa de todos, cruzou os braços e sorriu.
-- Desta vez você venceu, Futuro, disse calmamente. Felicitações. O que me reserva? Cérberus?
-- Sim, muito provavelmente, respondeu Curt seco. Você vai direto para a prisão na lua de Plutão para passar o restante de sua existência.
-- O restante da minha existência é muito tempo ainda, escarneceu. Não creio que alguma cela me detenha por tanto tempo. Talvez nos vejamos de novo.
-- Cérberus vai lhe segurar, previu Curt.
-- O projetor está pronto, chefe! Otho reportou pouco depois. Ele e Grag montaram uma máquina cilíndrica pesada.
-- Ótimo. Dirijam o raio amortecedor diretamente sobre os propulsores do Planeta dos Prazeres.
Ezra bateu palmas de contentamento.
-- Agora entendi! Finalmente Bubas Uum vai sentir o peso da lei naquele inferninho dele!
Testemunharam da sala de controle Otho ligar o projetor de raios invisíveis e direcioná-lo como ordenado. O raio iria anular a produção atômica dos cíclotrons dos motores. Foi o que aconteceu, e o Planeta dos Prazeres recomeçou a se mover entrando em órbita natural na linha do cinturão de asteroides.
-- Pronto, declarou o Capitão Futuro, o Planeta já voltou à sua órbita solar e assim já responde às leis do Sistema. Chegando lá, as autoridades vão começar a tomar conta de tudo.
-- E um dos piores antros do Sistema será fechado para sempre! bradou Ezra não se contendo.
Ul Quorn assistiu a tudo calado e em seguida se expressou com genuína admiração:
-- Futuro, você e eu juntos poderíamos ter conquistado o Sistema. Mereces todo o respeito que lhe consagram.
Curt Newton sorriu sem graça para seu arqui-inimigo, finalmente fora de ação.
-- Não me importe de admitir que você, Quorn, por várias vezes quase me pegou. Nunca me sentirei seguro até que esteja enfurnado em Cérberus.
Semanas depois, na Lua, em casa, Curt Newton endireitou a coluna na cadeira após concluir o trabalho que estava em andamento. Os raios do Sol penetravam o teto de glassite e se refratavam na cabeleira ruiva desgrenhada. A luz também brilhou no instrumento tubular suspenso por uma armação sobre a mesa. Capitão Futuro levantou a voz para alcançar os outros aposentos do laboratório.
-- Grag! Otho! Tragam o Simon. Quero que vejam uma coisa aqui!
Grag entrou fazendo barulhos metálicos carregando Ihk de carona em seu ombro.
-- Otho tem que se livrar daquele mímico dele! reclamou o robô. Não dá para deixar o Ihk perto dele.
De repente, Ihk metamorfoseou-se na figura gorducha de olhar sério.
-- Parece que Ug te enganou mais uma vez, Grag, riu Curt.
Com raiva, Grag derrubou Ug no chão.
-- Ele agora deu para se transformar em Ihk o tempo todo. Eu nunca sei quem é quem!
Otho entrou trazendo o cubo com Simon dentro e o colocou na mesa em que Curt estava. Virou-se para Grag.
-- Será que não dá para deixar seu ursinho lunar bem longe do Ug? resmungou. Ele é uma péssima influência!
-- "Péssima influência?" berrou Grag. Seu cabeçudo de borracha!
-- Parem os motores aí mesmo! ordenou Curt. Quero mostrar-lhes uma coisa. Eu disse que havia prometido ao povo atômico que iria restaurar o universo deles.
-- Lembrar eu lembro, disse Otho, mas eu quero saber é como!
-- Construí um novo tipo de microscópio usando os princípios de ondas portadoras de Thuro Thunn, explicou Curt. É poderoso o bastante para alcançar o nível subatômico.
-- Isso é novo! declarou o androide impressionado.
-- Deem uma olhada no subuniverso do grão de areia, convidou.
Ele havia colocado a gema negra com o grão de areia sob as lentes do microscópio em questão. E ele permitia uma imagem clara do universo atômico com suas estrelas mortas.
-- É um universo extinto, disse Grag. Nada pode trazer vida à ele, Mestre.
-- Agora, olhem este cubo de cristal, indicou e colocou um cubo de dois centímetros de aresta sob as lentes.
O cubo parecia conter outro subuniverso. Um universo novo, com minúsculos sois e estrelas com muitos planetas jovens.
-- Observem agora, chamou a atenção pegando o grão de areia da gema negra e o pondo sobre o cubo.
Posicionou um túbulo de cobre que emitiu um pequeno feixe de energia sobre o grão, fundindo-o ao material cristalino do cubo.
Olhando pelo microscópio recém desenvolvido, eles viram que as estrelas escuras e frias do universo do grão se expandiram por entre os espaços iluminados do universo de cristal. A estrela rubra do sistema dos povos atômicos ficou rodeada de inúmeras estrelas e planetas jovens.
-- Por todos os gênios do espaço! Você lhes deu um universo novo! berrou Otho. Um para onde eles podem se expandir para sempre!
-- Ótimo trabalho! comentou o Cérebro.
-- A profecia deles se cumpriu, finalmente, Curt sorriu ao dizer, o gigante das estrelas manteve sua palavra, pegando o cubo, vou colocá-los junto com as gemas espaciais na sala de troféus.
-- É o maior troféu que já trouxemos para casa, falou Otho. Um universo inteiro, não é?
Curt levou o cubo para o salão escavado na rocha sólida atrás do laboratório. Posicionou os itens entre os tantos outros objetos familiares, cada um representando uma façanha anterior.
Ao retornar, encontrou o Cérebro observando o céu, o disco azul da Terra sob o teto transparente. Curt juntou-se a ele por alguns momentos.
-- Eles não têm a menor ideia do que fizestes. Simon falou gentil. Tudo o que sabem é que o Planeta dos Prazeres foi fechado e que um tal de Dr. Quorn se encontra preso.
-- Melhor que não saibam, respirou fundo. O sinal no Polo Norte não foi ligado dessa vez. Ninguém precisa saber que estamos na ativa.
-- É, o sinal não brilhou, murmurou o Cérebro, mas vai brilhar. Há muitos malfeitores inescrupulosos planejando contra os povos do Sistema. Enquanto o mal existir, aquele sinal vai nos alertar e buscar nossa ajuda. Enquanto nós estivermos aqui, iremos ajudar.
Posicionou um túbulo de cobre que emitiu um pequeno feixe de energia sobre o grão, fundindo-o ao material cristalino do cubo.
Olhando pelo microscópio recém desenvolvido, eles viram que as estrelas escuras e frias do universo do grão se expandiram por entre os espaços iluminados do universo de cristal. A estrela rubra do sistema dos povos atômicos ficou rodeada de inúmeras estrelas e planetas jovens.
-- Por todos os gênios do espaço! Você lhes deu um universo novo! berrou Otho. Um para onde eles podem se expandir para sempre!
-- Ótimo trabalho! comentou o Cérebro.
-- A profecia deles se cumpriu, finalmente, Curt sorriu ao dizer, o gigante das estrelas manteve sua palavra, pegando o cubo, vou colocá-los junto com as gemas espaciais na sala de troféus.
-- É o maior troféu que já trouxemos para casa, falou Otho. Um universo inteiro, não é?
Curt levou o cubo para o salão escavado na rocha sólida atrás do laboratório. Posicionou os itens entre os tantos outros objetos familiares, cada um representando uma façanha anterior.
Ao retornar, encontrou o Cérebro observando o céu, o disco azul da Terra sob o teto transparente. Curt juntou-se a ele por alguns momentos.
-- Eles não têm a menor ideia do que fizestes. Simon falou gentil. Tudo o que sabem é que o Planeta dos Prazeres foi fechado e que um tal de Dr. Quorn se encontra preso.
-- Melhor que não saibam, respirou fundo. O sinal no Polo Norte não foi ligado dessa vez. Ninguém precisa saber que estamos na ativa.
-- É, o sinal não brilhou, murmurou o Cérebro, mas vai brilhar. Há muitos malfeitores inescrupulosos planejando contra os povos do Sistema. Enquanto o mal existir, aquele sinal vai nos alertar e buscar nossa ajuda. Enquanto nós estivermos aqui, iremos ajudar.
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