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07 agosto 2025

Brazões e blazons em Duna

Sobre a Língua Blazônica do Landsraad:

Uma Jornada Heráldica Pessoal

Este projeto começou com a curiosidade pelos estilos heráldicos das Casas do Landsraad descritos na Enciclopédia de Duna, e que evoluiu para a criação de mais de cem escudos de armas, a maioria dos quais não existe no cânone. 

Não se trata de “completar” o universo de Duna, mas de brincar (com as ferramentas de desenho do MSWord e os cliparts incríveis do PNGEGG.com) dentro dele e combinar a criatividade dos autores na Enciclopédia com a minha própria imaginação.


A Heráldica é a antiga arte de criar, descrever e interpretar brasões, composições simbólicas que expressam identidade, linhagem, lealdade e posição social. 

Originada nas sociedades feudais da Europa medieval, especialmente sob a tradição anglo-normanda, a representação heráldica seguia regras visuais rigorosas, utilizando emblemas, cores e formas para transmitir significados precisos. Esses símbolos eram descritos por meio de uma linguagem especializada chamada blazon, um dialeto estilizado e formal moldado pelo francês arcaico, pela sintaxe latina e por um minimalismo poético. No centro dessa tradição está o dialeto blazônico, não uma linguagem falada, mas um código comprimido, declarativo e ritualístico, simbólico e cerimonial. Trata-se, em essência, de uma geometria sagrada feita de palavras, capaz de preservar e transmitir identidades ao longo de gerações e dinastias.

Exemplos do artigo na Enciclopédia de Duna, como o blazon da casa Alman:

 Gules on an eagle displayed wings inverted white…,ou "fundo vermelho com águia de asas abertas em branco... "

ou ainda o da Casa Fenring: 

Argent a chain sable palewise two lions rampant combatant gules”, ou " fundo prata com uma corrente rubra na vertical ladeada de dois leões eretos em combate vermelhos",

são o DNA poético deste projeto. Altamente estruturadas e expressivas, essas frases soam perfeitas para codificar identidade em um universo regido por castas, costumes e poder calculado.

No universo de Duna, a heráldica é mais do que ornamento. É uma geografia social. Os brasões das Casas não são apenas emblemas políticos, mas marcos culturais. Ter um brasão registrado junto ao Landsraad é falar o dialeto da Faufreluches, um código visual e linguístico revelador de origem, status, lealdade e posição na malha do Império.


Embora The Dune Encyclopedia e os materiais canônicos ofereçam apenas vislumbres da linguagem heráldica, eles sugerem um sistema que persistiu por diversas dinastias, do Império Corrino até o reinado de Leto II, sugerindo continuidade cultural, mas sem indícios de rigidez formal até onde as informações nos é disponibilizada.

Na minha cabeça, a heráldica se adaptou: algumas Casas mantiveram formas ancestrais como sinal de lealdade ou orgulho, enquanto outras mixaram o dialeto por motivos estéticos ou políticos. Essa compreensão me levou a criar um sistema de estratificação estilística.

Dividi o dialeto Blazônico em camadas:

  • a Clássica — para as Casas mais antigas e consolidadas. Esses brasões seguem fórmulas rígidas e tradicionais, muitas vezes minimalistas e quase litúrgicas.
  • e a Poética — para Casas periféricas, fronteiriças ou mais recentes no Landsraad, cujos brasões podem demonstrar exuberância simbólica, desvios estilísticos ou influências regionais.

Com essa ideia e com a ajuda do ChatGPT, expandi o vocabulário da língua Blazônica fornecida pela Enciclopédia. O léxico original, enraizado na tradição heráldica pré medieval, não foi concebido para abranger os símbolos de mundos distantes, tecnologias ciberorgânicas ou milênios de diáspora. Assim, introduzimos novos termos, ainda que disciplinados para nomear e posicionar as novas figuras, cores e formas que surgiram ao longo do espaço humano. Criamos esses neologismos com cuidado, nunca rompendo o dialeto, apenas estendendo-o, como uma tradição viva naturalmente evoluiria ao longo de milênios de civilização.

Ressalte-se que, neste universo, a linguagem heráldica não é estritamente cronológica. A forma não denota necessariamente a antiguidade. Uma Casa nova pode adotar o registro elevado do dialeto clássico; uma Casa ancestral pode preferir o minimalismo expressivo ou a abstração poética de seu novo lorde. O código é, acima de tudo, um ritual formal, um rito de inclusão no Landsraad, e, portanto, carrega significado por associação, não por idade.

Então o que é este projeto? Não é cânone. Não é correção. É um exercício de imaginação, uma gramática especulativa de símbolos. Uma carta de amor à construção do mundo profundamente entrelaçado de Duna — onde política, poesia, linguagem e linhagem convergem. Criei este sistema não para definir as Casas, mas para dar-lhes imagem. Dar-lhes voz na língua antiga, seu lugar devido entre as estrelas.

Comecei com os desenhos à mão na Enciclopédia de Duna. A entrada de ARMS AND PENNANTS (272-279) mostra os desenhos à mão somente dos brazões das Grandes Casas na época da ascensão de Paul Muad'dib.

 


    Refiz estes digitalmente e com a lista de casas na entrada LANDSRAAD (pgs 362-365) montei um brazão de armas para cada uma das casas que tinham peso de voto no Conselho do Landsraad naquela época.

E estes eu posto em seguida aqui no blog junto com suas descrições em língua blazônica.

Espero que apreciem.


Texto em colaboração com o ChatGPT.


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