Os termos Egito e hieróglifos são conceitos gregos.
Os Egípcios chamavam sua terra de Kemet, terra negra, em contraste com Deshret, terra vermelha, o deserto.
(fonte/source: the Nile River )
À sua linguagem chamavam de mdu ntr ou Medu Neter,
ou seja, "palavras mágicas".
ou seja, "palavras mágicas".
Tecnicamente não se sabe com exatidão quais vogais eram pronunciadas nas palavras uma vez que os escribas kemetianos usavam muito mais consoantes ao transcreverem seu idioma. Sem vogais marcadas, não há como saber se o nome do deus com cabeça de chacal, por exemplo, era Inpu, Anipu, Inepu ou Anepua, ou qualquer outra variante:
Por isso, em geral, muitos preferem usar os nomes em grego mesmo (Anúbis acima) para se referirem a nomes de deuses.
Por questões práticas, os arqueólogos passaram a usar a vogal 'e' entre as consoantes cujas sílabas se encontram sem nenhuma. Com as pesquisas e descobertas de artefatos com inscrições bilíngues, além de comparações com o idioma Copta (cristãos egípcios), ainda falado hoje em dia, pôde-se arrumar um alfabeto mais ou menos provável.
Tabela de valores dos Hieróglifos, e mais a escrita cursiva Hierática. 3
O idioma Kemetiano era escrito tanto com figuras com valores semânticos (significados) quanto fonéticos (sons): crocodilo era formado pelas figuras relativas aos sons M, S, H, e poderia ser acrescido da figura do animal.
mesehe ou meshe ou meseh = crocodilo
Repare nas figuras finais destas palavras:
itef = pai (homem sentado)
iteru = Nilo (ondas)
Ra = Deus Sol (disco solar)
Essas figuras no final das palavras são chamadas de determinativos.
Explicando melhor, imagine uma palavra escrita só com consoantes, digamos 'GST'. Ela poderia representar tanto GASTO, como GOSTO, ou mesmo GESTO. Conseguimos distingui-las pois usamos variações de vogais. Porém, em kemetiano, o sentido só ficaria claro caso adicionássemos alguma figura,
um determinativo a elas,
pois a boca, o braço e o saco de dinheiro nos mostrariam seus significados no contexto da frase. Assim se escreviam a maioria das palavras nessa língua. Há palavras com vários determinativos.
Há ainda a forma de se escrever utilizando glifos sobre glifos, sendo que um não teria função determinativa, mas somente fonética (som). Seria algo como pegar o 100 e juntar a -tro para querer dizer CENTRO = 100tro.
Outra particularidade dessa língua é poder ser escrita tanto horizontalmente, da esquerda para a direita e vice-versa, quanto verticalmente, de cima para baixo. A direção da leitura é dada pela direção do 'olhar' das figuras. Além disso, os glifos podem ser arrumados dentro das linhas para ficarem harmônicos em relação à frase, caso contrário haveria muito espaço entre eles.
Assim como o Deus Thoth (Dehuti ou Thehuti),
encontrado escrito de várias formas:
em uma forma, meu nome completo seria assim:
Notem como os espaços deixam o texto muito irregular. Jamais escreva assim em kemetiano. A arrumação simétrica dos glifos é fundamental:
Meu nome avatar poderia ficar assim:
Posso ainda traduzir meu nome completo literalmente: "príncipe forte" ou "príncipe corajoso" (do alemão), com os sobrenomes (do português e espanhol) como títulos:
Também posso inseri-lo dentro de cartuchos:
Os cartuchos eram usados para nomes da realeza e dos deuses. O desenho se origina de um dos símbolos sagrados kemetianos, o Shen, o laço que simboliza a eternidade. Os kemetianos consideravam sagrados os nomes, de tudo; de qualquer coisa. Com um nome, alguém ou algo 'existia' realmente, e quando 'apagado' acreditavam que a pessoa simplesmente havia sido desintegrada, mesmo que estivesse em outra vida, de forma que nem os deuses lembrariam dela - para eles, isso era pior do passar a eternidade no 'nosso' inferno.
Ao incluir o nome dos faraós nos cartuchos, eles queriam dizer que aquele indivíduo existia na eternidade.
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Ao incluir o nome dos faraós nos cartuchos, eles queriam dizer que aquele indivíduo existia na eternidade.
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'shen'
Sou um admirador da cultura da terra de Kemet, e adoro passar o tempo criando com seus símbolos sagrados e ideogramas.
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Fontes de pesquisa:/ sources:
The Hieroglyphic Typewriter
Hieroglyphs generator
Hieroglyphic Dictionary
Fontes de pesquisa:/ sources:
The Hieroglyphic Typewriter
Hieroglyphs generator
Hieroglyphic Dictionary
The terms Egypt and hieroglyphs are Greek concepts. The Egyptians called their land Kemet: black earth, in contrast to Deshret: red earth, the desert. (figure 1) They called their language mdu ntr or Medu Neter, that is, 'magical words'.
Technically it is not known which vowels were exactly pronounced in words once kemetian scribes used many more consonants to transcribe their language. Without marked vowels, there is no way of knowing whether the name of the jackal-headed god, for example, was Inpu, Anipu, Inepu or Anepua, or any other variant. (2)
Therefore, many prefer to use the names in Greek to refer to the generic names. For practical reasons, archaeologists began to use the vowel 'e' between the consonants whose syllables showed none. With all the research and artifacts discovered with bilingual inscriptions, as well as comparisons with the Coptic language (Egyptian Christians), still spoken today, a probable alphabet was coined. (3)
The Kemetian language was written with figures standing both for semantic (meaning) and phonetic (sounds) values: crocodile was formed by the figures relating to the sounds M, S, H, and the animal figure could be added. (4)
Check the figure at the end of these words: itef = father (sitting man), iteru = The Nile (waves), ra = Sun God (disc). These figures at the end are called determinatives. (5-7)
Clarifying, if you had a word written with consonants only, let's say BT; how would you know it was read BET or BAT. We are able to identify them because we write them with vowels. Kemetians would only add another symbol to specify their meaning, so that dices would give the meaning of 'bet', and a figure of a bat would suffice.
That is how most words were written in this language. There are hundreds of determinative figures or groups of those.
Another feature of that language is that it can be written both horizontally from left to right, and vice versa, and vertically. The direction of reading is given by the direction of the figures' looking. Furthermore, the glyphs are arranged within the lines for the sake of aesthetics, otherwise, there would be too much room between them. (8)
Thus, as the name of God Thoth (Dehuti or Thehuti) was found in several ways. (9) In one of the ways, my full name would look like this: (10)
Note as the spaces make the text flow very irregular. Never write like this in kemetian. The symmetrical arrangement of the glyphs is fundamental (11)
My avatar name would look (12)
I can still translate my full name literally: (13)
also, put it in a cartouche: (14)
The cartouches were used for names of royalty and the gods. The design comes from one of the sacred kemetian symbols, the Shen, the lace that symbolizes eternity. The kemetians considered all names sacred, whatever the thing or person. With a name, someone or something 'really' existed, and when the name was somehow 'erased', they believed the person was disintegrated, even if they were already in another life, so that not even the gods would remember it - for them, this was worse than spending an eternity in Hell.
By including the name of the Pharaohs on the cartouches, they meant the individual existed in eternity. (15)
I am a fan of Kemetian legacy. I love spending my time playing with their symbols and glyphs.(16)
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